06/11/2015

Chvrches - Every open eye [mini-review]

Chvrches são uma banda escocesa formada em 2011 composta por Lauren Mayberry (vocais, sintetizadores adicionais e samplers), Iain Cook (sintetizadores, guitarra, baixo e vocais) e Martin Doherty (sintetizadores, samplers e vocal). Lançaram o primeiro álbum, "The bones of what you believe", em setembro de 2013, depois de terem feito parte da lista "BBC's Sound of 2013" como um dos novos talentos mais promissores. O primeiro álbum teve genericamente críticas positivas e, passados dois anos, surge o seu sucessor, "Every open eye". 

Há uma razão para que Lauren Mayberry seja, de facto, a personagem mais mediática desta banda. Na verdade, além da personalidade que demonstra em concerto, é a voz dela que oferece mais cor às músicas de cada álbum, que de outro mundo se poderiam tornar demasiado cansativas pela insistência nos ritmos rápidos e inspirados nos anos 80. É impossível não pensar em como a voz de Lauren acrescentaria bastante mais à música "High enough to carry over", em que o papel de vocalista é assumido por Martin Doherty. 

"Every open eye" mantém uma sonoridade genericamente coesa ao longo de todo o álbum, mas que por vezes se torna um pouco cansativa. Por outro lado, tal dá mais valor aos momentos em que o ritmo acalma e as músicas adquirem outra profundidade, em que se dá mais espaço à interpretação de Lauren - os momentos altos do álbum. A certa altura fica-se à espera de uma evolução adicional ou de algo que surpreenda, mas tal não acontece. Com pequenas variações, as fórmulas utilizadas em cada música repetem-se - o que não quer dizer que seja mau, se a fórmula funciona. Mas para um álbum completo, é agradável ter um pouco mais de variedade. 

No geral, é um álbum agradável mas que não surpreende. Gostaria que existisse um pouco mais de risco e de originalidade e, embora seja um álbum que se ouve sem problemas, julgo que será também um que não ficará na memória a longo prazo. Ainda assim, faz parte da minha coleção pessoal (ou fará, assim que chegar a encomenda :) ). No geral, a minha pontuação, numa escala de 1 a 10, é de 6,8 (e, para explicar como cheguei a este belo número, posso dizer que dei uma pontuação a cada música do álbum e simplesmente fiz uma média de todas). Como pontos altos do álbum, "Leave a trace", "Empty threat", "Afterglow". 

Se quiserem ouvir o álbum e tirar as vossas próprias conclusões, cliquem na imagem para a playlist no Spotify.



Deixo-vos com o vídeo daquele que foi o primeiro single deste álbum, "Leave a trace".

1 comentário:

  1. Concordo 90% contigo, adoro a banda, e o 2º álbum é quase uma sequela do 1º.

    Acho que falta um pouco de mais originalidade, algo de diferente, se bem que em algumas faixas se encontre isso. A balada é excelente, e as músicas em que o Martin canta marcam a diferença, mas talvez o que deveria de marcar não era a voz mais sim sons arrojados. De qualquer forma é dos álbuns que mais tenho ouvido. Se o 1º marcou o verão passado, esta irá marcar o final deste ano :-)

    Já agora depois lanço-te outro desafio, mas não te digo quem será, só depois de fazer o meu post é que digo sobre quem é, apenas porque é sobre a minha 2ª paixão que vem desde 1994 e a data poderá ser uma ajuda, ou não :-p

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